Escuta ativa e a compreensão dos nossos sentimentos
- Veridiana Martins
- 5 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de jul. de 2023
Escuta ativa fala muito mais de nós do que do nosso interlocutor, pois está mais ligada à forma como recebemos a informação do que a forma como o outro a emite.
Ter consciência disso é muito importante porque muitos sentimentos são desencadeados durante uma conversa e quando ouvimos algo que não gostamos podemos ficar totalmente surdos para o restante do diálogo. Nossa escuta transforma-se e passamos a ouvir, não para entender, mas para responder ao que o outro diz. No entanto, nesse turbilhão de sentimentos, como não estamos ouvindo direito, nossas respostas tendem a gerar mais desentendimentos: uma espiral de incompreensão de lado a lado.

Assim, a prática da escuta ativa exige a compreensão dos sentimentos que nos são provocados. Ao compreender nossos sentimentos internalizamos a consciência de que eles são nossos, não responsabilidade do outro. Isso é muito importante para que possamos separar os sentimentos que nos são provados em uma conversa e a intenção do outro nessa conversa.
Como exercitar isso? Durante uma escuta, quando ouvir algo que lhe desagrade separe o impacto que aquela conversa lhe causou da intenção do emitente. Pode haver uma grande diferença entre como eu fui impactado e a real intenção que o outro pretendia. Por exemplo: sentir-se magoada durante uma conversa é um sentimento provocado pela forma como recebemos a informação, muito diferente de dizer que o outro tinha intenção de magoar.
Por que é tão importante separar o impacto gerado da intenção? A intenção do outro nos levará a julgamentos e quando julgamos não conseguimos ser empáticos.
Empatia e escuta ativa andam juntas, lado a lado. Por meio da escuta ativa exercitamos a empatia e precisamos de empatia para exercermos uma escuta ativa. Ambas exigem de nós a compreensão dos nossos sentimentos e são fundamentais para estabelecermos conexões genuínas.
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