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Usando a Comunicação não-violenta para ouvir

Atualizado: 29 de jul. de 2023

Comunicação não-violenta (CNV) é um modelo de comunicação desenvolvido por Marshall Rosenberg baseado em habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos, mesmo em condições adversas, gerando maior conexão e melhor recepção do que está sendo dito. Usar a comunicação não-violenta é comunicar-se causando menos resistência em quem houve.


A CNV é aplicada a partir de uma reformulação na maneira como nos comunicamos, deixando de ser algo automático e repetitivo. A comunicação passa a ser um ato consciente baseado nos sentimentos e necessidades realmente importantes, substituindo assim velhos padrões de defesa e ataque que arruinam a comunicação. Ela é baseada em 4 pilares:

  • Descrever objetivamente o que aconteceu, sem julgamentos ou atribuição de valor

  • Expor seus sentimentos frente aos fatos narrados

  • Falar das suas necessidades

  • Fazer um pedido.

Em uma análise mais simplista podemos interpretar a CNV como a forma como organizamos o nosso diálogo, contudo ela é muito mais do que isso pois sua essência não consiste numa forma pré-estabelecida de ordem da colocação das palavras em um discurso e sim da nossa consciência acerca desses quatro componentes.


A partir dessa consciência não apenas vamos “falar” nos valendo do modelo da CNV, mas também escutar a fala do nosso interlocutor a partir da compreensão desses pilares. “Ouvidos de CNV” servem como um verdadeiro tradutor da fala do nosso interlocutor, por meio do qual não ouviremos julgamentos, críticas ou ataques. Quando uma fala assim chegar até nós devemos afastar os adjetivos que denotam julgamento, identificar os sentimentos que vêm carregados na fala e traduzir o discurso como a expressão trágica de uma necessidade não atendida.


É pouco provável que nosso interlocutor faça um pedido por isso precisamos usar nossos “ouvidos de CNV” para ouvir seus sentimentos e necessidades não expressadas. Poucas pessoas detêm habilidades comunicativas e talvez nosso interlocutor não conheça o passo-a-passo do uso da CNV, contudo isso não significa que não podemos nos valer da CNV para receber a fala dele.






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