O diferencial competitivo do advogado que atua na mediação
- Veridiana Martins

- 30 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de jul. de 2023
“A advocacia está em crise!”. Quantas vezes esta frase foi dita e ouvida nos últimos anos?!?! Do auge à queda, tendo o momento pandêmico da Covid-19 a oportunidade de sua redenção: apresentar soluções eficientes e eficazes para os conflitos.
Muitos, senão todos, setores da economia vêm sofrendo gravemente em virtude da COVID-19, que refletiu negativamente nas relações negociais e econômicas, levando a um aumento sem precedentes de conflitos jurídicos e sociais e como consequência um aumento brutal do número de processos judiciais.
O cenário estabelecido exige uma mudança de mentalidade e comportamento dos advogados, pois a situação imposta coloca a advocacia litigiosa em quarentena.

Ora, a pandemia impôs restrição inclusive à atuação do Poder Judiciário que está com sua capacidade de atuação ainda mais reduzida, lembrando que já era precária e não comportava o incremento paulatino de processos judiciais que lhe batiam às portas diariamente.
Diante dessas circunstâncias adversariais, cabe aos advogados buscar um diferencial competitivo através de uma visão estratégica para encontrar a abordagem mais adequada para resolver os problemas de seus clientes e, na medida do possível, no âmbito privado, como efeito colateral, contribuir para a sustentabilidade do Poder Judiciário.
Métodos autocompositivos, como a mediação, tem se mostrado uma maneira extremamente eficiente de solução de controvérsias.
Dentre as tantas vantagens da mediação podemos citar: ser mais rápida que o processo judicial, ser mais barata que o processo judicial, ser um procedimento confidencial, não criar precedentes ou jurisprudência, manter controle sobre o procedimento e seu resultado, ter um resultado final customizado à realidade do cliente e, não menos importante, a manutenção dos relacionamentos.
A mediação tem se mostrado como uma nova realidade de atuação jurídica, um novo ramo de atuação para os advogados.
E o que é preciso para um advogado atuar com excelência na mediação?
Conhecer o conflito: surgimento, mapeamento, escalada e formas de tratamento
Desenvolver empatia
Desenvolver escuta ativa
Desenvolver a prática da CNV (fala e escuta)
Habilidades negociais
Conhecer a Lei nº 13.140/15
Saber as repercussões processuais da mediação privada
Atuar na mediação exige uma preparação multidisciplinar e isso vai desde a estratégia na escolha da mediação, como na preparação para o procedimento e atuação durante o procedimento.
Não importa a área que você for atuar, seja bom! Faça aquilo que os outros não fazem e tenha um diferencial competitivo.



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