Mediação, criatividade e ganhos múltiplos
- Lucas Barbosa

- 14 de jan. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de jul. de 2023
Diferentemente de um processo judicial, onde a decisão final é proferida por um terceiro estranho ao conflito, na mediação este resultado futuro é construído em conjunto por aquelas pessoas que estão diretamente envolvidas no conflito, assegurando um total controle sobre uma solução final para a controvérsia.
A mediação possibilita a construção criativa do resultado final, fazendo com que este adeque-se à realidade não apenas jurídica, mas fática dos envolvidos.

Em uma negociação o mediador atua como um facilitador do diálogo, trabalhando numa visão prospectiva, auxiliando os envolvidos na construção do resultado final, colocando fim ao conflito.
Negociação é um tema complexo de aplicar na prática porque envolve pessoas e, consequentemente, emoções (por isso um mediador pode ajudar!). Por sua vez, a teoria dos jogos é um ramo da matemática aplicada que procura entender o funcionamento da lógica, da interação estratégica e as relações de interdependência entre as pessoas.
Na teoria dos jogos o conflito pode ser entendido como a situação na qual duas ou mais pessoas têm de desenvolver estratégias para maximizar seus ganhos, de acordo com certas regras preestabelecidas. Contudo, John Nash partiu de outro pressuposto, introduzindo o elemento cooperativo na teoria dos jogos, no qual os envolvidos, ao cooperarem um com o outro, maximizam seus ganhos ao diminuir suas perdas, no que ficou conhecido como Equilíbrio de Nash.
Não existem apenas duas possibilidades antagônicas em uma determinada questão. Ter a mente aberta para a construção criativa de inúmeras possibilidades de solução assegura maior satisfação entre todos os envolvidos em uma negociação.
Grande parte do trabalho do mediador é gerar um ambiente favorável para que a tomada de decisão feita pelas partes aconteça dentro de um processo negocial produtivo, gerando o máximo de ganhos mútuos e minimizando as perdas.


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